A Cultura FM vai selecionar pessoas interessadas em prestar serviço voluntário na produção de programas radiofônicos. O edital publicado nesta sexta-feira (2/7), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), convida candidatos a responder ao chamamento público para firmar o termo de adesão com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).
Os projetos de conteúdo para a rádio 100.9 devem ser entregues gravados em mídia digital ou por link na internet entre 5 e 19 de julho, com entre cinco a dez minutos de duração. O resultado provisório está previsto para 2 de agosto e os selecionados terão entre 9 e 13 de agosto para assinar com a rádio. Confira a Rádio Cultura FM.
As pessoas selecionadas não serão remuneradas pela produção, apresentação ou transmissão do programa, nem por custos referentes a transporte, alimentação ou outros valores indiretos relativos à produção e à execução dos programas. “Esse edital é uma das possibilidades de ampliar a diversidade da programação da rádio Cultura. A outra maneira é por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC)”, explica o diretor da emissora pública, Walter Silveira, em referência à rubrica que o FAC dedica a esse fim.
“Nós queremos aproveitar o máximo das propostas para composição de uma grade plural”, adianta Silveira. As propostas serão avaliadas, segundo o edital, com base na valorização da diversidade cultural, na promoção da acessibilidade e na inclusão social e levará em conta objetivos da Lei Orgânica da Cultura (LOC, Lei Complementar nº 934, de 2017), que devem ser os pilares dos programas da Cultura FM.
Critérios como a promoção dos direitos humanos, o combate a desigualdades e discriminações de qualquer natureza, a defesa da igualdade étnico-racial, com respeito e valorização das expressões culturais de povos e comunidades tradicionais, a visibilidade para grupos socialmente vulneráveis e pautas que promovam a diversidade cultural fazem parte da pontuação das propostas. Além disso, são bem-vindas as discussões de gênero, o incentivo à integração dos interesses econômicos e culturais e o estímulo ao desenvolvimento da economia criativa.
Outros dois pontos considerados importantes são a originalidade das propostas e a valorização da produção artística e cultural de todas as Regiões Administrativas do DF. Walter Silveira diz que “a moçada do DF ouve a nossa rádio pelo fato de trazermos uma programação musical alternativa, buscando valorizar a cultura do DF”. A rádio contempla hip hop, samba, choro, rock, blues, reggae, música de raiz negra e caipira. “A transmissão via web ampliou nossa audiência jovem. Hoje, dentro do projeto de revitalização da rádio, atingimos todo o quadrilátero e entorno”, informa.
“A rádio que toca Brasília”, como prega uma das assinaturas da emissora, aposta na informação de qualidade e programação plural para ganhar espaço na concorrência. “Queremos ocupar um lugar de destaque, totalmente identificado com a diversidade cultural do DF”. Para isso, entende Silveira, a colaboração do público é estratégica.