A partir de amanhã, o Memorial dos Povos Indígenas recebe a exposição fotográfica Brasil Krahô — Filhos do Cerrado, do fotojornalista Leopoldo Silva. A mostra reúne mais de 70 fotografias inéditas dos povos Krahô, tiradas entre os anos de 2010 e 2018, com intuito de trazer elementos da cultura indígena e proporcionar visibilidade a esses povos.
Leopoldo Silva acompanhou de perto a comunidade Krahô, que vive no nordeste do estado do Tocantins, na terra indígena Kraholândia, uma área de cerrado preservada. Com uma população que gira em torno de 3 mil habitantes, distribuídos em 25 aldeias, praticantes do extrativismo, agricultura familiar e, principalmente, do enaltecimento da própria cultura. As fotos de Leopoldo remetem ao dia a dia, a celebrações, a tradições culturais e aos traços de personalidades desse povo. Leopoldo descreve a sua motivação em realizar a exposição. "A ideia central é mostrar e dar visibilidade a esses povos", acrescenta, "São nossos antepassados que viveram e lutaram para preservar sua cultura." O fotógrafo afirma que as pessoas podem esperar uma exposição fotográfica enriquecedora, em que expõe a beleza e simplicidade do povo Krahô. "Terão uma visão muito positiva sobre a questão indígena, quem não tiver conhecimento, vai se impressionar", completa.
"Sou fotógrafo a vida inteira, então minha paixão é a fotografia", lembra Leopoldo, que adiciona a importância que confere ao povo Krahô. "Quando os conheci, uniu essas duas paixões", acrescenta.
Repórter fotográfico brasiliense que há cerca de 30 anos atua em grandes veículos de notícias da imprensa nacional. Em seu trabalho artístico, aponta suas lentes para focar a beleza, encantar e conectar as pessoas à natureza. No ano de 2010 tornou-se amigo dos Krahô e, desde então, os fotografa. Sua motivação é despertar os olhares para a riqueza social e cultural que eles têm. Em 2015, tornou-se “Ipantú”, um Khahô honorífico. Ganhou um nome, uma família, uma história e um lugar no universo indígena. Suas imagens são puras, de cenas espontâneas que compõem um memorial imagético do amor do fotógrafo pelos Krahô. São uma homenagem à cada um deles. Representam um diálogo aberto e respeitoso entre iguais, fruto da demanda indígena por valorização, espaço, voz, inclusão, afirmação e respeito. O reconhecimento dos direitos indígenas à existência e vida plena. Todas as imagens da exposição serão vendidas e um terço dos valores é destinado aos fotografados. Informe-se em: polderex@gmail.com.LEOPOLDO SILVA