As 10 fotografias mais impressionantes que ganharam o Pulitzer
O Prêmio Pulitzer é considerado o mais importante do mundo para o campo jornalístico. Criado em 1917 por Joseph Pulitzer, ele é administrado pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Dentre as 21 categorias que possui, a mais conhecida é a referente à fotografia, que foi incluída na premiação em 1942. Desde então, fotógrafos profissionais, amadores e fotojornalistas já tiveram o trabalho reconhecido. A Bula selecionou as imagens vencedoras mais impactantes, e reuniu as dez melhores em uma lista. As fotografias foram classificadas de acordo com a qualidade, o contexto em que foram registradas e a importância histórica.
Virginia Schau, For snapping a thrilling rescue at Redding (1954)
Virginia Schau foi a primeira fotógrafa amadora a vencer o prêmio Pulitzer. Ela capturou o momento em que a cabine de um caminhão está pendurada em uma ponte, enquanto dois homens tentam resgatar dois ocupantes do veículo com uma corda. A cena parece ter saído de um filme de ação hollywoodiano.
O fotógrafo japonês, que trabalhava para a agência United Press International à época da premiação, registrou um grupo de soldados durante a Guerra do Vietnã. Intitulada “Dreams of Better Times” — “Sonhos de Tempos Melhores”, em tradução livre — , a fotografia mostra um dos combatentes deitado sobre uma barricada. O homem parece dormir, apesar da forte chuva que cai.
A fotografia “O Terror da Guerra”, de Nick Ut, é uma das mais conhecidas em todo o mundo. Ut capturou o momento aterrorizante em que crianças correm de um bombardeio de napalm, na Guerra do Vietnã. Uma delas, Kim Phuc, de apenas nove anos, está completamente nua e com o corpo coberto de ferimentos. Anos depois, ela se tornou embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 1980, o prêmio foi concedido para um autor anônimo pela primeira vez. A identidade do fotógrafo, Jahangir Razmi, só foi conhecida em 2006. Razmi capturou o momento em que soldados do regime teocrata iraniano, liderado por Ayatollah Khomeini, fuzilam homens de etnia curda.
A fotografia de Eddie Adams mostra um agente da polícia da República Vietnam, Nguyen Ngoc Loan, apontando uma arma para a cabeça de um guerrilheiro Vietcong, durante a guerra do Vietnã. A imagem chocou o mundo, e, além do Pulitzer, rendeu dezenas de prêmios ao fotógrafo.
O registro foi feito em 1993, e rendeu ao fotografo freelancer Kevin Carter o prêmio Pulitzer do ano seguinte. A foto levantou controvérsias no meio jornalístico, pois o abutre não estaria tão perto da criança quanto a imagem sugere. O garoto retratado se chama Kong Nyong. Apesar de seu estado de desnutrição, ele sobreviveu à fome na infância e morreu em 2007.
Horst Faas ganhou o prêmio em 1965 por uma fotografia chocante registrada durante a Guerra do Vietnã. Nela, um pai mostra o corpo do filho para soldados sul-vietnamitas que estão sobre um tanque de guerra. A criança morreu enquanto as forças policiais perseguiam guerrilheiros em uma aldeia, na fronteira com o Camboja.
Na imagem, um membro de uma facção tailandesa golpeia o corpo de um jovem enforcado. O rapaz, estudante da Universidade Thammasat, em Banguecoque, foi morto depois de um protesto a favor da expulsão de um ex-governante militar. A imagem foi vencedora do prêmio em 1977.
Oded Balilty registrou o instante em que uma agricultora judia enfrenta sozinha policiais da tropa de choque israelense. A foto foi tirada em 2006, depois que as autoridades ordenaram a evacuação de um assentamento na Cisjordânia, ao leste da cidade palestina de Ramallah, causando uma série de confrontos.
Carol Guzy foi a única pessoa a vencer o Pulitzer quatro vezes. Uma de suas fotos mais conhecidas, que lhe rendeu a premiação em 2000, mostra um bebê refugiado sendo atravessado por familiares em uma cerca na fronteira entre a Albânia e Kosovo.