O mural baseia-se no cartaz do musical "Os Miseráveis" e mostra uma menina com lágrimas nos olhos devido à fumaça do gás lacrimogêneo que vaza de uma lata desenhada logo abaixo.
Através da obra, o artista acusa a polícia francesa de utilizar gás lacrimogêneo contra os refugiados no campo de Calais durante tentativa de fechar parte do local no começo de janeiro.
Localizado ao norte do país, o campo de Calais também é conhecido como a "A selva" e abriga cerca de 4.000 imigrantes que aguardam por uma oportunidade de cruzar o canal da mancha rumo à Inglaterra.
O novo trabalho de Banksy também traz um elemento inédito - ele é interativo e inclui um código QR. Quando uma pessoa escaneia o código com o celular, ela é redirecionada para um vídeo do YouTube que mostra uma batida policial em 5 de janeiro no campo.
O mural é a investida mais recente da série de peças que Banksy assinou paracriticar as medidas adotadas pela Europa para combater a crise de refugiados.
Em dezembro, o artista retratou o fundador da Apple, Steve Jobs, que era filho de imigrantes sírios, na parede de um túnel no campo de refugiados em Calais.
Banksy recordou que a Apple, uma das empresas mais poderosas e rentáveis do mundo, existe apenas porque "eles tinham legitimado os jovens Homs", disse, chamando a atenção para os benefícios da imigração e sua capacidade de enriquecer as sociedades.
Fonte:http://www.historiaemfoco.com.br/
Fonte: Exame