-- governador Rodrigo Rollemberg participa, nesta sexta-feira (26), da reinauguração do Teatro Oficina Perdiz em nova sede, na 710 Norte. O espaço é uma referência cultural da cidade. O evento será às 17 horas e contará com a presença dos secretários de Cultura, Guilherme Reis, e de Infraestrutura e Serviços Públicos, Julio Cesar Peres, do promotor do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Roberto Carlos Batista e do criador do teatro, José Perdiz.
Reinauguração do Teatro Oficina Perdiz26 de junho de 2015
17 horas
710 Norte, Bloco E, Loja 48
Há mais de 40 anos, José Perdiz comanda a oficina que leva seu sobrenome, na 708/709 Norte. O local — que ganhou projeção internacional graças ao documentário Oficina Perdiz, de Marcelo Díaz — faz parte da história da cultura do Distrito Federal. Por 22 anos, a oficina também foi palco de Esperando Godot, Diário do maldito, Bella Ciau e História de algum lugar, entre outras montagens.A crise do teatro-oficina começou nos anos 2000 e, agora, pode estar caminhando para uma solução. Há uma semana, a família de Perdiz se mudou para um novo espaço, na 710 Norte, com intenção de dar continuidade ao conserto dos carros e às artes cênicas. “O prédio é novinho, tem menos de um ano, mas ainda não consegui levar as coisas da oficina para lá. Sei que não poderei levar tudo, pois tamanho é bem menor. Muito do que está aqui na 708/709 Norte terei que jogar fora ou vender barato”, conta Perdiz, entre as máquinas de solda e o touro mecânico.
A oficina ficará na térreo da nova sede, cujo o subsolo será destinado à arte. As fortes chuvas no início do ano alagaram o espaço, que até hoje tem o vermelho do barro no chão. O imprevisto atrasou a mudança da família de Perdiz e as obras da nova arena. “Claro que toda ajuda é bem vinda, mas não estou contando com ninguém para levantar esse teatro não. Da primeira vez, fiz tudo sozinho”, diz. “Comecei a trabalhar aos 8 anos e quero continuar trabalhando. Se ficar nessa vida sem trabalhar é melhor morrer”, dispara mecânico de 83 anos, que acredita na cultura. “Se tivesse dinheiro, construiria um prédio para abrigar espetáculos de ópera. Adoro ópera”.
O bom gosto musical do mecânico é descoberto logo na entrada da oficina, quando é possível ouvir a música erudita que sai de um equipamento de som. Nas arquibancadas de ferro — que um dia receberam público curioso, capaz de ficar até às duas da manhã assistindo a um espetáculo — hoje, apoia cadeiras desmontadas, pedaços de móveis, ventiladores e microondas. Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/