? HOJE!! Lan?amento do livro ?Clarice Gon?alves ? O som do sil?ncio? e Abertura da mostra ?Clarice Gon?alves ? Sutilezas e Ilus?es? 50 Pinturas e desenhos de Clarice Gon?alves.Abertura: 5 de maio, Onde: Elefante Centro Cultural.Foto:Arquivo pessoal.

03/05/2014 12:07

 

Elefante Centro Cultural realiza retrospectiva e lança livro com a obra de Clarice Gonçalves

 

 

Nascida em Brasília, em 1985, Clarice Gonçalves é um talento da nova geração de artistas da capital federal. Formada em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB), participou de mostras coletivas e individuais em grandes e pequenas galerias. Prestes a completar 10 anos de trabalho, a obra de Clarice ganha exposição e livro, que retratam sua trajetória.  No dia 5 de maio, às 19h, o Elefante Centro Cultural inaugura a mostra “Clarice Gonçalves – Sutilezas e Ilusões”, uma retrospectiva dos 10 anos de produção da artista brasiliense.

Com curadoria de Graça Ramos, as 50 obras entre óleos sobre tela, acrílicos sobre cartão e desenhos que compõem a exposição pertencem a colecionadores particulares de Brasília, Goiânia, Joinville e São Paulo, além de uma obra que faz parte do acervo do Museu de Arte de Joinvile (MAJ). No dia da abertura, será lançado o livro “Clarice Gonçalves – O som do silêncio”, da Editora Briquet de Lemos, com textos de Graça Ramos, Mário Gioia e Juliana Monachesi. Tanto a realização da mostra como a produção do livro têm o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal (FAC). A mostra fica em cartaz até o dia 6 de junho, com visitação de terça a sábado, das 14h às 18h30, no Elefante Centro Cultural, localizado na W3 Norte, quadra 706, entre os blocos B/C, Loja 45, Brasília, DF. A mostra tem classificação indicativa para maiores de 18 anos.

A partir de imagens aleatórias, preferencialmente aquelas esmaecidas pelo tempo em que não se pode mais ver um rosto real, Clarice Gonçalves cria seus trabalhos. “Gosto de ver fotos de livros e retratos de famílias, em especial as que não conheço. Delas, tiro o âmago da imagem, sua essência para escrever uma outra história”, conta a artista. Tendo a mulher como tema central de sua narrativa pictórica, Clarice cria cenas teatralizadas que, por vezes, podem ser oníricas com cenas bucólicas, como um banho no lago de águas mansas e cercado de flores. Outras vezes, pode retratar o realismo incômodo de um exame médico. “Vejo algo além da imagem da fotografia que me leva a criar uma nova realidade no âmbito mental, que pode ser divertida ou cotidiana”, completa.  Aliada das imagens, as frases que viram os títulos das telas passam pelo mesmo processo. São coletadas da vida diária, das conversas de outras pessoas ouvidas por acaso ou de textos de jornais. Quando um quadro estiver pronto, então, uma frase sairá do bloco de anotações e fará par com a obra. “O título é uma outra janela. Como se fosse um haicai (poesia japonesa) direcionado para as sensações”.

 

Graça Ramos, que há alguns anos acompanha o trabalho da artista, afirma que a obra de Clarice Gonçalves ultrapassa o conceito tradicional da arte pictórica ao não apropriar-se de imagens reais. “Suas pinturas podem até provocar certo sentimento de déjà vu, um efeito que ela quer provocar, mas dão a sensação de que algo permanece invisível, tanto em relação à imagem em si quanto ao processo de criá-la”. Graça teve acesso aos cadernos de notas da artista e ressalta: “As imagens originárias como elementos indutores que lhe provocam a pintar”. 

 

A curadora fez um recorte dos dez anos de trajetória da artista e traz ao público uma série de desenhos, alguns deles de temática erótica, nunca antes exibidos. “Tanto na exposição como no livro, o público poderá acompanhar os vários percursos que ela faz, da coleta de imagens e frases à obra pronta”, completa. Esta é a primeira vez que a obra de Clarice Gonçalves é mostrada de forma mais completa.

 

Sobre o Elefante Centro Cultural

O Elefante é um espaço autônomo que reúne, em um único local, ateliês, residências artísticas, espaços expositivos, cursos livres (teóricos e práticos), grupos de estudo e de pensamento crítico e projetos de publicações eventuais.

Idealizado por Flavia Gimenes (projeto Brasília Contemporânea, 2010-2013) e pelo artista visual Matias Mesquita em junho de 2013, o Elefante tem como objetivo a produção, a divulgação e promoção e a formação em arte contemporânea. Desde sua fundação, o Elefante tem priorizado a produção experimental de jovens artistas estimulado o debate sobre arte e a cena contemporânea de Brasília.

 

Para o ano de 2014, o centro cultural desenvolveu um programa de exposições que inclui ateliês abertos e residência de artistas, para estimular o envolvimento da sociedade no processo criativo dos artistas que lá produzem, e uma programação de cursos livres.

 

O Elefante ocupa um imóvel de aproximadamente 200 m2, com três pavimentos, na área de oficinas da Asa Norte. Localizado em um beco atrás das Óticas Brasilienses, na 706 comercial, o imóvel surpreende quem o visita pela primeira vez por sua luminosidade, arquitetura interna inusitada, salas de exposição, espaço de ateliês e espaços de convivência, que incluem uma biblioteca com área para café e um chuveiro a céu aberto.

 

A escolha do endereço, nada óbvio, por tratar-se de um beco atrás das lojas da W3 norte, situado em meio às oficinas repletas de mecânicos e suas ferramentas jogadas pela rua, remete a um imaginário decadente das quadras 700 da Asa Norte. Mas só à primeira vista. “Queríamos um local amplo e com um valor de aluguel que pudéssemos arcar”, dizem Flavia e Matias. “No início resisti à ideia do beco da 706 norte, mas então lembrei que muitos bairros hoje considerados ‘da moda’, como o Marais em Paris, o SoHo em Nova York e hoje o distrito 798 de Pequim, abrigavam ateliês de artistas e galerias de arte em seu período decadente, pela oferta de espaços amplos e alugueis mais em conta. Com o Elefante não é diferente. Hoje percebo que nossa escolha pelo beco foi acertada, pois temos o desejo de movimentar a cena de arte contemporânea de Brasília, e essa movimentação começa pelo local em que o Elefante se encontra”, complementa Flavia.

 

Serviço

Abertura da mostra “Clarice Gonçalves – Sutilezas e Ilusões”

50 Pinturas e desenhos de Clarice Gonçalves

Curadoria de Graça Ramos

Abertura: 5 de maio, segunda-feira, às 19h

Visitação: Até 6 de junho

               De terça a sábado, das 14h às 18h30 

Onde: Elefante Centro Cultural

         W3 Norte, quadra 706, entre os blocos B/C, Loja 45

Brasília – DF

Classificação: 18 anos

 

Lançamento do livro “Clarice Gonçalves – O som do silêncio”

Quando: 5 de maio, segunda-feira, às 19h

Onde: Elefante Centro Cultural

         W3 Norte, quadra 706, entre os blocos B/C, Loja 45

Brasília - DF

Textos de Graça Ramos, Mário Gioia e Juliana Monachesi

Editora Briquet de Lemos

Valor: R$ 50,00

À venda no local

 

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