Depois da administração do Park Way, agora é a vez da do Cruzeiro desrespeitar as normas legais e constitucionais no uso da comunicação institucional pública. Como é sabido, a Constituição determina que a publicidade oficial deve ser impessoal. Ou seja, nada de fotos, nomes e coisas parecidas dos administradores públicos, pois isso pode ser visto como uso da máquina pública em proveito próprio.
Pois bem, a administração do Cruzeiro soltou um folheto – eu o vi em versão eletrônica, não sei se há versão impressa em papel – sobre a regularização do trabalho de ambulantes naquela regional. A peça publicitária, vide fac-símile – traz no topo a foto do administrador Regional, Salim Siddartha, ladeado, dentre outras pessoas, pelo secretário de Economia Solidária, Afonso Magalhães.
Afonso Magalhães aparece em outra foto mais abaixo. No texto, além do registro expresso das duas autoridades, ainda é citado o diretor do DFTrans, Antônio Campanela, que foi candidato a deputado nas últimas eleições. Campanela e Siddartha pertencem à mesma corrente interna no PT, a Pátria Livre. No texto, é informado que Campanela, ausente, estava sendo representado pelo jornalista doDFTrans, Vitor Abreu.
Siddartha e os responsáveis pelapublicação, assinada pela Comunicação Social da Administração, podem ser obrigados a devolverdo bolso os gastos com a peçapublicitária.