Brasília ganha primeiro Festival de Documentários gratuito na internet.

Acesso gratuito via www.festivalrastro.com Fotos e vídeos: bit.ly/rastrofestivaldedocumentarios

22/06/2020 11:54

 Rastro – Festival de Cinema Documentário

De 24 a 28 de junho de 2020

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O Rastro – Festival de Cinema Documentário ganha sua primeira edição de 24 a 28 de junho de 2020. A ideia surgiu do ensejo de criar uma janela anual para apreciação e discussão do documentário em Brasília. O projeto também foca no aprofundamento de questões pertinentes ao fazer documental, ação que desperta crescente interesse de realizadores em todo o mundo e consequentemente prescinde da necessidade de promoção da formação de público, cada vez mais ávido pela vertente documental do Cinema.

O  Rastro – Festival de Cinema Documentário foi idealizado pela Três Produz, formada por Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb. Durante a preparação da primeira edição do festival, uma urgência global se colocou frente aos planos. Em tempos de pandemia do Covid-19, o isolamento social se fez necessário e impediu os encontros em uma sala de cinema e as fundamentais discussões após a sessão. Para manter o espírito de festival, a tríade de produtoras teve o desafio de repensar o formato para manter o compromisso de vir ao mundo do Rastro e se firmar como evento do calendário oficial de Festivais de cinema da cidade.

"Devido aos acontecimentos atuais, entendemos que o rastro tinha que se adaptar. Buscamos alternativas, cogitamos adiar, mas foi unânime a decisão da direção do Festival em seguir com o formato online, para que mantivéssemos nosso plano de acontecer anualmente em Brasília. Com essa nova perspectiva, entendemos que o alcance e a curiosidade do público será muito importante, além de aumentar consideravelmente nosso alcance. Apesar de tristes por não ter esta edição no Cine Brasília, entendemos a necessidade e responsabilidade de continuar a levar filmes para a casa do público e ficamos muito animadas com esse novo formato desafiador". Conta Renata Schelb.

A primeira edição do festival voa pelas asas da internet com sessões competitivas de longas e curtas-metragens, três mostras paralelas, duas oficinas, uma masterclass e conversas, a serem realizadas nas redes sociais do Festival, além das playlists exclusivas que prepararão o clima das sessões. 

Como vai funcionar a exibição? 

Os filmes estarão disponíveis por 24 horas conforme a programação diária. Sempre de meia-noite a 23:59 de cada dia. Não existe uma hora exata para cada exibição, assim o público pode assistir os filmes na ordem que desejar seguindo a programação. Eles ficam disponíveis somente por 24 horas no site. Basta ver a lista diária e mergulhar no universo dos documentários selecionados pela curadoria. 

O primeiro Rastro – Festival de Cinema Documentário também levará parte da programação para as telas de cinema assim que a OMS e o Ministério da Saúde permitirem a reabertura das salas. Serão realizadas sessões em alguns locais do DF, em especial naquelas cidades com instituições de ensino que integram o audiovisual em sua ementa.

“O Rastro tem o desejo de deixar marcas, reverberar, expandir-se através do encontro com cada pessoa que tenha acesso à programação”, convida Rafaella Rezende. "Construímos o rastro levando em consideração questões que julgamos serem de extrema relevância no cenário de festivais de cinema, como por exemplo, espaços para jovens curadores e exibição de filmes que possam promover discussões e reflexões políticas. O festival, ainda que em sua primeira edição, já se apresenta como uma janela de exibição capaz de conduzir o público por narrativas urgentes e plurais. Além de ações de capacitação, como as oficinas e os próprios debates que ocorrerão dentro da programação." Completa Rafaella Rezende.

Em sua estreia, o Rastro alcançou ampla visibilidade constatada no número e abrangência global das inscrições. A seleção final, no entanto, demonstra a potência e urgência do cinema nacional contemporâneo.

“A pandemia alterou uma construção que já era experimental. A curadoria foi composta por duas convidadas e dois selecionades a partir de edital que vislumbrou contemplar pessoas em início de carreira nesta área. A apreciação dos mais de oitocentos filmes inscritos foram apenas parte de um processo profundo e coletivo. Tivemos a sorte de contar com mentes grandiosas e corações gigantescos para essa concepção.” Diz Bethania Maia.

Homenagem a Dácia Ibiapina:

A primeira edição do Rastro - Festival de Cinema Documentário homenageia a professora Dácia Ibiapina, cineasta piauiense, radicada em Brasília, com uma trajetória incrível que soma de forma considerável para a produção do nosso Cinema nacional.

"[...]Todo ser humano afeta e é afetado por vários coletivos. Uma pessoa é ela, suas crenças, seus medos, sua coragem, seu tempo. Meu cinema é político. Acho um erro fazer cara de paisagem para as questões políticas. A omissão pode parecer confortável, mas pode ser decisiva contra você mesmo. Tome partido, tome tento, tome coragem." Escreveu Dácia Ibiapina. Assim o Rastro propõe afetos, discussões políticas e discussões de nós mesmos, assim como Dácia.

Sobre a Três Produz:

Há quatro anos o encontro das produtoras brasilienses Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb deu vida à Três Produz, uma empresa dedicada ao audiovisual, em flerte constante com outras áreas da produção.

Bethania Maia produz audiovisual para chacoalhar este mundo e, quem sabe, gerar outro. Pesquisa gênero, raça, caminhos, fragmentos. Escreve para manter-se sã. Encontra-se estudante de Artes Visuais na UnB.

Rafaella Rezende é formada em Artes Visuais (UnB), mestranda em Teoria e História da Arte (EBA – UFBA) e produtora cultural. Em seus trabalhos e pesquisas, flerta com as Artes Visuais e com o Cinema.

Renata Schelb é designer de interiores de formação e produtora cultural por inspiração, transitando entre audiovisual e festas em Brasília. Respira criatividade e anseia pelas novidades em projetos na cidade.

Sedentas por novos desafios, criam e executam projetos autorais ou de parceiros: Surge assim uma produtora autônoma e independente na capital do Brasil, local de efervescência de conteúdo e criatividade latente. 

Sobre a Curadoria:

Amaranta César - Amaranta é professora adjunta de cinema e audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde coordena o grupo de estudos e práticas em documentário. Possui doutorado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris III - Sorbonne-Nouvelle e pós-doutorado na New York University e na Universidade Federal de Pernambuco. Foi curadora e organizadora da mostra 50 anos de Cinema da África Francófona. Integra atualmente a diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e coordena o grupo de trabalho de estudos de cinema da Latin American Studies Association.

Melina Bomfim - Melina atua como realizadora audiovisual, curadora e produtora de mostras e festivais cinematográficos, Melina é uma das sócias fundadoras da produtora TANTAS. Pós-graduada em Cinema Documentário na escola Observatório del Cine em Buenos Aires, onde trabalhou na multinacional Fox Broadcasting Company como produtora de conteúdos e assistente de direção em programas televisivos para México, Argentina e Brasil. 

Como curadora foi responsável por projetos como o Cine Curta Brasil - Mostra Visionária: O Olhar da mulher negra e da segunda e terceira edições da Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio.

Bruno Victor - Bruno é graduado em Audiovisual pela Universidade de Brasília, Bruno participou do roteiro, direção e fotografia de diversos curtas-metragens. Co-dirigiu o curta-metragem "Afronte", lançado em 2017. Foi diretor assistente, assistente de direção e pesquisador do longa Afeminadas (lançamento 2020) e co-dirigiu o longa metragem “Rumo” (lançamento 2021). Atua como pesquisador em cinema negro LGBT.

Leticia Bispo - Leticia é mestranda em Comunicação na Universidade Federal de Minas Gerais é formada em Audiovisual pela Universidade de Brasília. Leticia estuda relações entre política e estética no cinema brasileiro. é uma das editoras e fundadoras do Verberenas, site de crítica & diálogos de cinema e audiovisual, feito por mulheres realizadoras.

Atividades Formativas:

Oficinas:

“Pesquisa para Documentário” ministrada por Alice Lanari

O Documentário, antes de tudo, fala de algo que inquieta alguém. Esta inquietação estabelece o início de uma relação entre este alguém e aquilo que ele ou ela querem acompanhar. Para que essa relação se transforme em um Documentário, é preciso que o documentarista se transforme em um “especialista amador”- no melhor sentido da palavra “amador”- no universo que ele ou ela deseja conhecer. E, para isto, a pesquisa é a ferramenta-base para a definição do recorte do Documentário, o que fundamenta sua estrutura narrativa.

A oficina “Pesquisa para Documentário” abordará o trabalho de pesquisa para filmes e séries documentais, com ênfase nas ferramentas que permitirão que o participante estruture o mapa de pesquisa específico para cada projeto, em um percurso que atravessa a pesquisa de mesa, a construção do campo e a busca de personagens. 

“Retratos documentais” ministrada por Luiz Carlos Oliveira Jr.

Um dos veios mais ricos do Cinema Documentário reside em sua vertente retratística. Em linhas gerais, um Documentário de retrato é uma obra audiovisual que busca – por estratégias que podem variar bastante de um caso a outro – aproximar-se de um sujeito, apreendê-lo em sua moldura existencial. A forma de abordagem pode ser a entrevista, a montagem de arquivos, o estudo observacional etc.

A proposta do curso é traçar um panorama histórico das relações entre o Cinema documental e a arte do Retrato e, posteriormente, definir as principais vertentes estéticas e os principais modelos de representação de alteridade que perpassam o gênero, sempre efetuando análises detidas de filmes cruciais que se encaixam em nosso recorte.

Não perca a chance de desenvolver seu projeto na oficina de "Pesquisa para documentário" com Alice Lanari e aprofundar sua relação com o gênero em "Retratos Documentais" com Luiz Carlos de Oliveira Jr. de 24 a 26 de junho. As vagas são gratuitas e limitadas. As inscrições podem ser feitas via www.festivalrastro.com/inscricoes Os selecionadxs receberão mensagem com o link para participar das oficinas por e-mail.

O Rastro - Festival de Cinema Documentário tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.


Programação:

competitiva curtas

 

competitiva longas

 

mostra ifb

 

mostra dácia

 

mostra havana

 
   

Datas:

Filmes:

24 de junho


quarta-feira

A morte branca do feiticeiro negro

Tudo que é apertado rasga

Virou Brasil

Vaga Carne

25 de junho


quinta-feira

Cinema contemporâneo

Quem matou Chiquito Chaves?

No Rastro das Cargueiras

Diário de Classe

Lemebel

O Pagode de Amarante

26 de junho


sexta-feira

Flotando en el Río del Tiempo

Filhas de Lavadeiras

No Gold for Kalsaka

Estopim

Birth Wars

Palestina do Norte: O Araguaia passa por aqui

27 de junho


sábado

Ethereality

Arco do tempo

As mães de Derick

Escape

El Guardian de La Memória

Ressurgentes: Um filme de ação direta

28 de junho


domingo

Una Corriente Salvaje

Entorno da Beleza

 

Sinopses:

Mostra competitiva – Curtas:

Arco do tempo

Brasil, 18’, 2019, documentário


Direção: Juan Rodrigues

Sinopse: Corpos negros atravessando o tempo.


Cinema contemporâneo

Brasil, 2019, 5’, documentário


Direção: Felipe André Silva

Sinopse: Eu era bem novo quando fui estuprado pela primeira vez. pensava em contar essa história um dia, a história dessa foto. faltava coragem. se o filme pudesse falar por mim eu conseguiria. 


Ethereality

Ruanda/Suíça, 2019, 14’38”, documentário

Direção: Kantarama Gahigiri

Sinopse: Encalhado no espaço por trinta anos. Como é a sensação de finalmente voltar para casa? Uma reflexão sobre a migração e o sensação de pertencimento. 


Filhas de lavadeiras

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