A Galeria Olho de Águia assentou uma trincheira e um refúgio aos diversos guerreiros quixotescos “fazedores” de arte que estão marginalizados do circuito acadêmico, da dita indústria “cultural” e da escassez das águas advindas dos incentivos governamentais.
O acolhimento à pluralidade das manifestações artísticas traz aos seus frequentadores ora estranheza, ora epifania: marca da sensibilidade e generosidade sempre presentes no esforço empenhado pelos idealizadores e mantenedores da galeria.
Nós, os frequentadores e moradores da cidade, também sentimo-nos atraídos pelo clima informal e a receptividade descontraída do anfitrião-galerista, que nos ensina muito sobre a história da produção cultural do DF em um bate-papo regrado a uma sempre agradável degustação: uma experiência muito distante da “linguagem de catálogo” ou do tom professoral e academicista de alguns centros culturais que podem amedrontar os que não se sentem pertencentes a esses ambientes.
Dessa forma, a Galeria Olho de Águia representa não só um mirante que traz aos seus frequentadores um panorama do cenário artístico de Taguatinga e do DF, como também oportuniza espaço, voz e protagonismo aos artistas locais para que possam expor suas impressões e representações do “local universal”.
Quer sinta empatia ou reprovação aos temas e projetos acolhidos por essa galeria, uma visita ao local nos garante, em definitivo, que a indiferença por lá não tem qualquer chance de se apresentar.Texto:Daniel Ramos
A imagem e o imagético
Horário: 03 a 15 de Agosto.De terça a sabado - 18h às 01h /