Acesse:https://apoesiamealicia.wordpress.com/
O ARTISTA
BERROU EM LETRAS TORTAS, CARCOMIDAS
CORES TRÊMULAS, ARREDIAS
TANTO QUE A GENIALIDADE ESTAMPOU
O PAINEL CENTRAL NA GALERIA.
ENTRE TRANSEUNTES SORRIDENTES
E SUAS TAÇAS DE CHAMPAGNE –
CONGELADO, PÁLIDO, CONSAGRADO:
SEU BERRO
LATEJAVA EM SILÊNCIO
COLORINDO
SEU PEDIDO
DE SOCORRO
VAPOR
Um vulto inteiro
Evapora
Entre os dedos
Um vulto inteiro
Atravessa
O vão
da solidão
Do meu
Vazio
Categoria: NuPoema
PÚBIS
Deito sobre a púbis do caos e sinto o tremor da noite: orgasmos noturnos, confusão poética. (Imagem: Marta Macha)
EN-QUANTO ESPERA
Desde a ultima eternidade arrastada nas retinas em direção ao relógio se passaram infinitos cinco minutos mudos (das angústias imediatas de primeiro grau) (imagem: Egon Schiele -Totes Mädchen – 1910)
RIO, RISO
A imensidão daquele olhar miúdo deságua na margem do meu riso, rio Afogo o fardo, anti-magoa Afago-amor, percorro tuas águas beiro a loucura, a nado Deságua na imensidão de meu rio, riso desarma mágoa maré alta acalma
Ápice
Gozo entre-lábios: fio de luz es-corre na eufórica poesia
Mãos e riso
À beira de meu absurdo A solidão Insone Consome tua ausência Grão a grão À noite no íntimo de meu sexo Mãos e riso Insones Corrompem a solidão Gozo a gozo (Fotopoema: Marcos Henrique Manipulação: Ana Lú)
Ar-dor
Da janela Ele lança (chama) Seu olhar Sobre Ela