Espet?culo ANDROGYNE - SAGRA??O DO FOGO - Alda Maria Abreu Dir. Maura Baiocchi. Foto:Silvia Machado

02/09/2014 10:05

 PRÊMIO FUNARTE KLAUSS VIANNA DE DANÇA 2013

 
Título do espetáculo | ANDROGYNE – Sagração do Fogo
 
Nome da companhia | Taanteatro Companhia
 
SINOPSE | ANDROGYNE aborda de forma poética o tema da identidade sexual, questiona 
 
tabus e contemporâneas Inquisições de Gênero. Ao conceber a androginia como manifestação 
 
ética, a obra distingue-se por uma meticulosa pesquisa corporal e evidencia as dimensões 
 
erótica e sagrada do corpo andrógino. Transborda as fronteiras de gênero e das linguagens 
 
cênicas promovendo um pas des deux entre dança real e virtual, onde corpo e imagem se 
 
fundem na criação de um corpo multimídia. ANDROGYNE é a mais recente produção da 
 
Taanteatro Companhia e foi contemplada com o Prêmio APCA 2013, o Prêmio Denilto Gomes 
 
2013 e o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013.
 
Classificação etária | 12 anos 
 
Duração | 60 minutos
 
SERVIÇO |de 04 a 07/09/2014 às 20h30 - Teatro SESC Garagem – R$ 20,00 (inteira) e R$ 
 
10,00 (meia) + "Pensamentos em Performance" debate com o artista convidado Diego 
 
Azambuja onde apresentaremos/lançaremos também nosso mais recente livro: Taanteatro - 
 
MAE Mandala de Energia Corporal (ver http://www.taanteatro.com/publicacoes) dia 06/09 
 
(sábado) após o espetáculo. Informações: (61) 3445-4415/4420
 
Assista ao Vídeo: http://vimeo.com/89790561
 
FICHA TÉCNICA COMPLETA
 
Direção Coreográfica e Supervisão Geral | Maura Baiocchi
 
Concepção, Coreografia e Interpretação| Alda Maria Abreu
 
Composição musical | Gustavo Lemos
 
Vídeo Mapping e Iluminação | Eduardo Alves
 
Instalação Cenográfica | Wolfgang Pannek 
 
Concepção, Roteiro, Textos e Performance em Vídeo | Alda Maria Abreu
 
Direção de vídeo | Gabriel Bogossian
 
Fotografia e Edição | Paulo Bueno
 
Supervisão de Roteiro e Performance em Vídeo | Maura Baiocchi
 
Arte gráfica| Hiro Okita
 
Produção | Wolfgang Pannek e Alda Maria Abreu
 
Contatos da produção: taanteatro@hotmail.com / 011 9.99095060 ou 011 9.81510389
 
RELEASE COMPLETO | 
 
ANDROGYNE é resultado da trajetória de Alda Maria Abreu junto à Taanteatro 
 
Companhia. Ao longo dos últimos 4 anos, a artista dedicou sua pesquisa e criação à 
 
verticalização dos processos didático-criativos do teatro coreográfico de tensões. Neste 
 
período, realizou assistência e monitoria nas oficinas de Introdução ao Taanteatro e participou 
 
como dançarina, assistente de direção e coreografia dos espetáculos RIT.U (2010), Máquina 
 
Hamlet fisted (2011) e Danças [Im]puras (2012) - projetos fomentados pela 7a e 11a Edições 
 
do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo. Em setembro de 2013 este estreito diálogo com 
 
a abordagem taanteatro e os desafios poéticos e coreográficos acerca das temáticas corpo/
 
cultura, corpo/identidade e corpo/linguagem ganharam vida com a estreia de ANDROGYNE – 
 
sagração do fogo. 
 
Recebido com êxito pelo público paulistano, principalmente por trazer à tona de forma 
 
poética polêmicas discussões de gênero que tangenciam as dimensões erótica e sagrada do 
 
corpo. Contemplado pelo Prêmio da Cooperativa Paulista de Dança/Denilto Gomes 2013 na 
 
categoria “Domínio de Movimento”, pelo Prêmio APCA de Dança 2013 na categoria “Bailarina 
 
Revelação” e pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013 o espetáculo chamou atenção 
 
da crítica e da classe artística de forma muito positiva.
 
ANDROGYNE investe na difusão de uma pesquisa coreográfica de consistente 
 
trajetória, além de apresentar ao público uma encenação multimídia que aborda a temática da 
 
identidade sexual por meio da concretude energética e coreográfica do corpo andrógino. 
 
Diante das contemporâneas Inquisições de Gênero, ANDROGYNE subverte o significado 
 
clássico da androginia – unidade e perfeição espiritual – ao convocar a despolarização dos 
 
gêneros como manifestação ética do corpo.
 
A constante tensão entre atualidade e atemporalidade das polêmicas sociais e dos 
 
tabus morais que a temática envolve, levou a pesquisa da encenação ao encontro com Joana 
 
d’Arc, personagem andrógina histórica. Durante a obra, face a face com o tribunal do fogo 
 
e do falo, contrariando os relatos históricos e literários dedicados à vida de Joana d’Arc, 
 
ANDROGYNE sagra o fogo ao tomar de assalto a concretude andrógina do corpo nu sob as 
 
chamas – seu tremor incendiário.
 
O tema Andrógino sugere múltiplas abordagens, tanto sobre questões relativas às 
 
transformações históricas do ocidente, quanto a questões claramente contemporâneas. A 
 
Androginia é um tema extemporâneo. Destacando a contemporaneidade deste tema, e de 
 
seus desdobramentos acerca da identidade e orientação sexual, é possível acompanhar na 
 
mídia nacional e internacional uma ampla rede de notícias diretamente relacionadas com 
 
o tema proposto pelo espetáculo, como por exemplo: a intolerância aos homossexuais na 
 
Rússia, a prisão das ativistas feministas do grupo Pussy Riot, as manifestações contra a “Cura 
 
Gay” no Brasil, a criação do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina 
 
em países africanos e do Oriente Médio, a legislação do casamento gay na França, entre 
 
outras. 
 
Tendo como pano de fundo este cenário político e cultural, com uma proposta 
 
estética engajada perante estas discussões acerca da identidade sexual e das reverberações 
 
deste tema na sociopolítica brasileira e mundial, o espetáculo ANDROGYNE dialoga com 
 
as problemáticas do seu tempo, abrindo perspectivas para a dança como meio de reflexão 
 
poético-política e como modo de interação entre corpo, sociedade, cultura e pensamento.
 
Sob o ponto de vista formal, a obra também dialoga com seu tempo apresentando 
 
características que tangenciam o hibridismo característico do fazer contemporâneo, ao 
 
utilizar-se de tecnologias da dança, das artes visuais e da eletroacústica na composição de suas 
 
coreografias, vídeos e trilha sonora. 
 
As coreografias ao vivo são compostas por Danças-Objeto, promovendo no corpo da 
 
dançarina três metamorfoses: do corpo-OVO, ao corpo-FOGO, culminando no corpo-CINZAS. 
 
Corpo este que, ao longo do espetáculo, testemunha uma experiência extra-dogmática do 
 
Sagrado, pautada na imanência do corpo andrógino. As Danças-Objeto de ANDROGYNE 
 
transbordam fronteiras de linguagem e de gênero na encenação do insondável enigma 
 
de viver para além dos limites da própria identidade.
 
Os videotrípticos capturados em meio à natureza conferem ao trabalho uma dimen
 
são ecoperformática. Já as imagens de estúdio, tingidas de uma atmosfera onírica e surreal, 
 
colocam em xeque nossas certezas demasiado humanas sobre gênero e identidade ao 
 
materializar em cena os inquisidores e sua sentença. A concepção dos dois vídeotrípticos que 
 
compõem a obra promove um pas des deux entre dança real e virtual, onde corpo e imagem 
 
se fundem na criação de um corpo multimídia. A trilha sonora do espetáculo, concebida em 
 
intenso diálogo com a criação coreográfica, propõe ao público uma polifonia eletroacústica 
 
que permeia toda encenação.
 
A importância de expandir o debate sobre gênero e sexualidade, estabelecendo 
 
diálogo estético com novos públicos acerca de temáticas e tabus ainda tão presentes na 
 
sociedade brasileira une-se aqui com o desejo da Taanteatro Companhia de estabelecer 
 
interações estéticas com um público mais amplo, criando redes de diálogo artístico para além 
 
das fronteiras materiais e imateriais da linguagem.
 
CURRÍCULO RESUMIDO (Direção e Elenco)
 
MAURA BAIOCCHI - Diretora-fundadora da Taanteatro Companhia. Encenadora e coreógrafa. 
 
Criadora da abordagem taanteatro (teatro coreográfico de tensões). Pioneira da dança 
 
Butoh no Brasil. Mestre em comunicação e semiótica pela PUC São Paulo. Autora dos livros 
 
Butoh Dança Veredas D'Alma (Editora Palas Athena, São Paulo, 1995) e Taanteatro: teatro 
 
coreográfico de tensões (Azougue Editorial, Rio de Janeiro, 2007) e co-autora de Taanteatro 
 
– Rito de passagem e Taanteatro – Mandala de Energia (Transcultura, SP, 2011 e 2013).
 
Carreira internacional na Alemanha, Argentina, Estados Unidos, França, Inglaterra, Japão e 
 
Moçambique.
 
ALDA MARIA ABREU - Dançarina/performer, produtora cultural e arte educadora. 
 
Bacharel em Artes Cênicas pela UNICAMP e Mestre em Psicologia Clínica na PUC/SP. Integra 
 
a Taanteatro Companhia desde 2010. Premiada pelo trabalho realizado no espetáculo 
 
ANDROGYNE – sagração do fogo na categoria “Domínio de Movimento” pelo Prêmio Denilto 
 
Gomes de Dança 2013, na categoria “Bailarina Revelação” pelo Prêmio APCA de Dança 2013 
 
e pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013. É integrante da Taanteatro Companhia 
 
desde 2010, artista-orientadora no Programa Vocacional da SMC de São Paulo e professora-
pesquisadora do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica da UFBA – Universidade 
 
Federal da Bahia.

Compartilhas Noticia

Tags

Comentários

Comentários

Escrever Comentário

97610

Subscribe to see what we're thinking

Subscribe to get access to premium content or contact us if you have any questions.

Subscribe Now