Este é o FAC que queremos para Brasília?
Tramita a reuniões fechadas ao público, mesas e gabinetes do FAC, um projeto de exposição do mestre professor fotógrafo Luis Humberto. Um projeto sério, bem escrito, cumpre com qualidade e competência os quesitos exigidos pelo FAC.
Foi muito bem avaliado em alguns quesitos, mas no ítem Relevância da Obra, um parecerista que não conhece a envergadura e a importância para cidade e para o Brasil de Luis Humberto, que não é da área de artes visuais e nem de fotografia, deu 4 pontos(em uma escala máxima de 5 pontos).
"Relevância da obra ou conjunto de obras premiadas ou proposta curatorial de seleção das obras - considera-se para fins de avaliação e valoração, a relevância e qualidade técnica da obra ou conjunto de obras que serão utilizadas no projeto, bem como a sua importância
para o cenário cultural do Distrito Federal. (peso 3)"
Mais de 40 anos de fotografia. Um dos fundadores da Universidade de Brasília-UnB junto com Darcy Ribeiro e outros idealistas. Professor de fotografia que se demitiu coletivamente em 68, reintegrado à Universidade em 1985. Foi diretor da Fundação Cultural, Editor de Arte e Fotografia do Jornal de Brasília. Co-criador de prédio hoje da Faculdade de Educação, autor dos azulejos externos deste prédio, na UnB. Personagem e verbete obrigatório na história do fotojornalismo e da fotografia Brasileira.
Relevância da Obra 4(muito bom) ????????????????
Luis Humberto é patrimônio cultural e histórico de Brasília, personagem como ele não se mede a importância em uma escala de 5 pontos.
Rinaldo Morelli
Acesse:https://www.facebook.com/rinaldo.morelli.9
Luís Humberto
Luis Humberto Martins Pereira (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1934) é um fotógrafo e arquiteto brasileiro[1][2].
Formou-se em 1959 pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Começou a carreira trabalhando como desenhista no Ministério da Educação e Cultura. Dois anos depois, mudou-se para a recém-fundada Brasília, acompanhando a sua mulher, Eloah, que era funcionária da Câmara dos Deputados.
Aceitou o convite do arquiteto e pintor Alcides da Rocha Miranda, rprimeiro coordenador do curso de arquitetura de Brasília, para a judar a estruturar a UnB. Trabalhou em projetos de edifícios e deu aulas de desenho para turmas de arquitetura, artes plásticas e música[3].
Foi um dos 223 professores que deixaram a UnB em 1965, em protesto contra a demissão de 15 colegas pelo reitor Laerte Ramos. Ficou afastado da Universidade durante todo o regime militar, voltando apenas em 1985, como professor da Faculdade de Comunicação[4]. Durante esse período, trabalhou como fotógrafo, destacando-se pela sua atuação nas revistas Veja (1968a 1978) e IstoÉ (1978 a 1982). Foi o primeiro editor de fotografia do Jornal de Brasília, fundado em 1973. Foi um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília, entidade pioneira no gênero no Brasil[5].
Recebeu em 2015 a Ordem do Mérito Cultural[6]
- 2000 - Fotografia, a Poética do Banal
- 1983 - Fotografia: Universos & arrabaldes
- 1981 - Brasília, Sonho do Império, Capital da República[7]
Referências
- Ir para cima↑ Fotógrafo e professor Luis Humberto completa 80 anos. UAI, 27 de setembro de 2014
- Ir para cima↑ Luís Humberto. Enciclopédia Itaú das Artes
- Ir para cima↑ Perfil: Luís Humberto. Olhavê
- Ir para cima↑ Luis Humberto conta sua história. UnB, 26 de setembro de 2012
- Ir para cima↑ "Era um negócio glorioso", diz professor Luis Humberto, sobre começo da UnB. Correio Braziliense, 10 de dezembro de 2012
- Ir para cima↑ Conheça os agraciados com a OMC em 2015. Ministério da Cultura, 6 de novembro de 2015
- Ir para cima↑ O poder em pedaços. Carta Capital, 30 de novembro de 2010
- Formado em arquitetura pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), foi co-fundador da Universidade de Brasília, onde lecionou até ser expulso pela ditadura em 1968, retornando apenas na década de 80. Começou a fotografar no nascimento de seu filho e exerce a profissão a partir de 1966. Trabalhou nas revistas Realidade, Veja (de 1968 a 1978) e Isto é (de 1978 a 1982). Foi diretor de arte e editor de fotografia do Jornal de Brasília. Recebeu o prêmio Nikon Photo Contest International, (1975) e desenvolveu trabalho de expressão pessoal e ensaios teóricos sobre fotografia.
Luis Humberto é sem dúvida alguma, um dos maiores fotojornalistas brasileiros, tendo realizado uma lúcida documentação dos bastidores do poder em Brasília. Suas fotos fazem parte da coleção Pirelli/MASP de Fotografia e foi o homenageado do FestPoa 2009. A coleção Brasilienses também o homenageou com o livro “A Luz e a Fúria”, de Nahima Maciel.
Entre as leituras clássicas da fotografia brasileira, estão os livros Poética do Banal e Universos e Arrabaldes, de sua autoria.
Em trecho deste último, fala sobre a profissão de fotógrafo:
“A responsabilidade é imensa, porque o resultado de seu trabalho não pode ser decorrente da observação fria e impessoal das coisas que o cercam e dos fatos que ocorrem à sua volta; e sim conseqüência de uma atitude consciente, apaixonadamente participante e sobretudo honesta, em face destes mesmos fatos e coisas traduzidas em imagens”.
Matéria de Simonetta Persichetti na revista Brasileiros