A guerra na Síria, por Goran Tomasevic.

Goran Tomasevic tuvo que vender su moto cuando era adolescente, por orden de su padre, para comprarse una cámara. Uno de los mejores amigos de su hermana, Mico Smiljanic

19/12/2016 12:31

 Goran Tomasevic

 

Retrato de Goran Tomasevic

A quantidade total de mortos e feridos em um dia de conflito não nos mostra os instantes dramáticos de uma guerra, nos quais cada movimento pode determinar a vida ou a morte de um combatente. Com frequência, o fotojornalismo consegue testemunhar de perto essas histórias, exibindo traços humanos, que os números são incapazes de revelar. Aqui apresentamos um desses relatos, reportado pelo fotógrafo sérvio Goran Tomasevic, um dos mais importantes correspondentes em zonas de conflito. A série venceu o primeiro prêmio na categoria “Spot News Stories” do World Press Photo 2014. As imagens mostram integrantes do Exército Livre da Síria – oposição militar ao governo – que se preparam para atacar um posto do exército sírio, nos subúrbios de Damasco, no momento em que um dos rebeldes é atingido por tiros.FONTE:http://foto.espm.br/

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

Ferido, o rebelde é carregado do local por seus companheiros. “Nesses conflitos é possível ver combatentes inimigos que estão a 5 metros um do outro”, conta o fotógrafo em depoimento a sua agência de notícias, da qual é atualmente fotógrafo-chefe de coberturas no leste da África.

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

“Quando um combate começa, para mim não há volta. Se um dia vejo que não estou fazendo o bastante, vou parar. Não posso trair essas pessoas e deixar de registrar esses momentos. Esse é o meu trabalho”, explica Tomasevic.

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

“A maior parte do tempo estou pensando nas imagens e na minha segurança. Se estou com colegas, tento ajudar para que eles também se mantenham a salvo. Estou tentando minimizar os riscos o máximo que posso. Acredito que está tudo nas mãos de Deus, rezo regularmente”, revela.

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

Na reportagem realizada em Damasco, os rebeldes, depois de retirarem o companheiro que foi atingido, voltam a atacar, protegidos por um muro. Eles, no entanto, sofrem o ataque de mísseis e de um tanque do exército sírio. O muro explode durante a investida. Em seguida, os rebeldes descobrem que o companheiro socorrido anteriormente havia morrido em decorrência dos ferimentos.

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

“Cubro guerras há mais de 20 anos. Não vejo muitas diferenças, especialmente em guerras urbanas. Elas me lembram a guerra dos Balcãs. Ao mesmo tempo, não acredito que haja muita diferença em relação a II Guerra Mundial”, analisa o fotógrafo. “Sei que fiz algumas imagens que serão lembradas. Mas não penso a respeito. Não sei o que vai mudar ou não. Mas espero que algo mude ao mostrar a brutalidade em alguns lugares, como na Síria. Talvez algumas pessoas pensem um pouco mais ou façam esforços para terminar essa guerra”, completa.

Foto: Goran Tomasevic

Foto: Goran Tomasevic

Nascido em Belgrado, Sérvia, e vivendo atualmente no Quênia, Goran Tomasevic começou sua carreira cobrindo para um jornal local as guerras que se seguiram à dissolução da Iugoslávia na década de 1990. Passou a integrar a equipe de fotógrafos da Reuters em 1996. Cobriu conflitos em países como Iraque, Afeganistão e Líbia. Seu trabalho inclui também reportagens na África – Sudão do Sul, Moçambique, República Democrática do Congo, Nigéria e Somália – e coberturas esportivas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo. Durante os três meses de bombardeios da OTAN na Sérvia, em 1999, Tomasevic era o único fotógrafo trabalhando para a imprensa estrangeira que permaneceu em Kosovo ao longo de todo o conflito. Em 2002, mudou-se para Jerusalém e cobriu a segunda Intifada palestina. Em 2003, suas fotografias da derrubada da estátua de Saddam Hussein, no Iraque, durante a invasão norte-americana, se tornaram imagens icônicas. Tomasevic cobriu também a Primavera Árabe e os recentes conflitos na Síria, nas cidades de Aleppo e Damasco.

Goran Tomasevic es un fotorreportero serbio (nacido en Belgrado en 1969) que trabajaba para la agencia Reuters desde 1996 y que ha pasado más de 20 años cubriendo historias de guerras y revoluciones y consiguiendo algunas de las imágenes más perdurables de los conflictos de los Balcanes, Irak, Afganistán, Libia y Siria. Su amplia obra incluye series fotográficas de Sudán del Sur, Cachemira, Mozambique, República Democrática del Congo, Nigeria y también la cobertura de Juegos Olímpicos y Copas del Mundo de fútbol.

 

© Goran Tomasevic / Reuters

© Goran Tomasevic / Reuters

Cuando he estado en un campo de batalla siempre me las he arreglado para mantener la mente clara.

 

 

Biografía

Goran Tomasevic tuvo que vender su moto cuando era adolescente, por orden de su padre, para comprarse una cámara. Uno de los mejores amigos de su hermana, Mico Smiljanic, era fotógrafo y le enseñó la escala de grises y un montón de cosas. Fue un maestro increíble y una gran influencia. Lo que aprendió cuando tenía 13 o 14 años era realmente importante, eran los fundamentos técnicos de la fotografía, y así cuando empezó a trabajar tenía ya un gran camino recorrido.

Fotografió las guerras que siguieron a la desintegración de la antigua Yugoslavia para un periódico local, y en 1996 se unió a Reuters. Cubrió las tensiones políticas latentes en Kosovo y las manifestaciones anti-Milosevic en su ciudad natal de Belgrado. Durante los tres meses de los bombardeos de la OTAN en Serbia en 1999, Tomasevic fue el único fotógrafo que trabajaba para la prensa extranjera.

Se trasladó a Jerusalén en 2002, cubriendo la segunda Intifada palestina. Durante la invasión de Irak en 2003, su imagen de un marine estadounidense viendo el derribo de una estatua de Saddam Hussein se convirtió en una de las imágenes más icónicas de la guerra. Después ha vuelto a menudo a Irak y también ha fotografió regularmente en Afganistán. 

Tomasevic se trasladó a El Cairo en 2006 y estuvo en el corazón de la Primavera Árabe. En Libia, una imagen de una bola de fuego en un ataque aéreo contra combatientes pro-Gadafi se convirtió en una imagen icónica de la guerra de Libia, adornando las portadas de más de 100 periódicos de todo el mundo. Sus crudas imágenes de los combatientes rebeldes a Assad entre las ruinas de Alepo y Damasco han obtenido un gran reconocimiento internacional, al igual que su cobertura del sangriento asedio a un centro comercial de Nairobi en Kenia, donde tiene su sede.

Su trabajo ha sido reconocido con numerosos premios internacionales de prestigio, como Fotógrafo del Año Reuters en 2003, 2005, 2011 y 2013, mejor fotografía de Reuters del año en 2008. En 2014, fue galardonado con el primer premio en la categoría Spot News Stories en el World Press Photo y el segundo y el tercer premio en News Imagen Story en POYi. Ha ganado el China International Press Photo of Year en 2011 y otros muchos.

En 2012 expuso en Praga en 2012 su fotografía de guerra, de más de dos décadas de conflicto. Tomasevic es ahora Chief Photographer de la agencia Reuters en el este de África, con sede en Nairobi.

 

 

 

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