Poemas de Guilherme Guedes. Foto:Ivaldo Cavalcante

06/02/2016 14:35

-- Assim como foi construída Brasília, é o carnaval da capital... apenas blocos.

Há dias com bloco nascendo
Há noites com folião morrendo
E nessa crise do silêncio
Apenas a família se cala

Apitos, há putas 
Alguns beijam apenas os apitos
Outras se preocupam apenas em defender as putas

Há putos também, é lógico
Há praças cheias de pessoas vazias
Há bares vazios de pessoas cheias
E nesse contraste de tudo ou nada
Os blocos lotam e se esgotam

Impressionante como Brasília fica muito mais perto de Nova York do que de Pernambuco nessa época. Eita mês desgraçado, eita mês sem jeito.

Nenhum brasiliense deixa de viajar por conta no nosso carnaval. Nenhum forasteiro chegará em fevereiro.

E nessa lei do silêncio, nessa falsidade intensificada, nessa turbulência econômica e nessa crise política do caralho... Apenas o céu tem razão, ele está fantasiado dele mesmo, misturado entre cores e nuvens. Certamente o folião mais sincero.

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Pega na minha mão
Vamos sacudi-las na estrada
Qualquer estrada
Acho que vai valer a pena

Encontrar meu ouvido em em sua boca
Sentir o seu hálito gostoso
Ter a sensação de que ninguém é mais feliz que eu
Vamos pra longe ficar pertinho

Eu só quero você
Ficar junto a ti, felicidade
Com nossos sonhos trataremos nossos momentos ruins

Sua mão em minha barba
Sua mão em meu peito
Dando sentido a esse sujeito, que sou 
Era só eu, só eu... Hoje sou eu, muito eu!

Contatos: Guilherme Guedes

Foto do perfil de Guilherme Guedes

guidutra87@gmail.com

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