A fotografia tem sua trajetória através da técnica, da tecnologia, e no processo gradativamente de baixo custo e mais acessível a todos. Desde a captura de Niépce, depois a portabilidade da Kodak, a instantaneidade da Polaroide, até a proliferação de celulares com câmera, o ato de guardar o momento, flagras cotidianos, tornou o mundo banalizado, qualquer um pode ser fotografo. "Até um chimpanzé com um bom aparato faz uma fotografia tecnicamente perfeita. Mas ele é incapaz de elaborar um discurso sobre aquela imagem. Nesse sentido, o legitimador da fotografia é o fotógrafo, que pode passar um olhar, uma experiência por meio da imagem" define o professor e fotógrafo Saggese a Iurd.
Fato é que a fotografia com um olhar treinado remonta não só aquele fragmento de realidade, mas é um registro social, filosófico, que vai além das palavras. Não dá para ver a menina afegã de olhos verdes e não ficar hipinotizado, não da para não ter compaixão pela criança que agoniza de fome enquanto um urubu espera sua morte, não dá para não se simpatizar com a ativista que oferece uma flor ao exército. O fotojornalismo além de capturar imagens, registra a história.
As 10 melhores e mais famosas fotos jornalisticas que inspiram e questionam a sociedade:
Marc Riboud flagrou a ativista com uma flor na mão querendo dar aos guardas do pentágono durante protesto contra a guerra no Vietnã, tornando-se simbolo do movimento Paz e Amor.
Intitulada "Rebelde Desconhecido" mostra a luta de apenas um homem tentando impedir o avanço dos tanques de guerra na China, em 1989, contra os protestos dos estudantes.
"A morte a espreita" uma das fotos mais chocantes sobre a fome e miséria na áfrica, de uma criança falecendo enquanto um urubu espera sua agonia. O sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer, mas ficou atormentado pela pergunta de por qual motivo não ajudou a criança da morte, e cometeu suicídio.
Eddie Adams registrou o momento decisivo, o instante exato da execução de um guerrilheiro vietcong por um chefe de policia em Saigon.
Em forma de protesto contra a repressão politica contra a religião budista no país, em 1963, em praça pública de Saigon - Vietnã, o monge Thich Quang Duc ateou fogo contra si mesmo.
Kim Phuc é a menina que ficou eternizada pela fuga e choro, além da fragilidade exposta por estar nua, correndo para se salvar dos bombardeios realizados pelo exército estadunidense no Vietnã.
O fotógrafo Joe Rosenthal ganhou o Pulitzer ao acompanhar uma frota do exército durante a guerra, e tirar a foto que demonstra a busca do poder americano sobre o território alheio com a foto "Levantando a Bandeira em Irojima".
O retrato do nobre Winston Churchill que esteve na capa da revista Time, durante entrevista, foi uma das imagens mais reproduzidas do mundo, e expressa a fragilidade e rudes conservadora de um homem que olha o mundo a sua volta enquanto o tempo deteriora o seu corpo.
"Fonte de água da segregação" de 1950, flagra a época da segregação racial na carolina do norte e em todo o EUA, ao mostrar a separação do espaço social até para compartilhar um bebedouro. White e Colored, bebedouro para branco e para os de cor.
Sharbat Gula, a menina afegã é a Mona Lisa dos tempos modernos, responsável do olhar mais penetrante capturado por uma fotografia, tirada por Steve McCurry, que repetiu o feito em 2002 com a então mulher que ganhou mais amargura e dor na vida e ainda mantém os olhos penetrantes e mais tristes.fonte:http://jornalismoproibido.blogspot.com.br/