A RODA GIRA
De repente, ela acordou! Não que seus olhos estivessem fechados, mas o que estes enxergaram, por anos, por vidas, nunca foi tão verdadeiro como agora. Só que a verdade que viu não é e não será fácil de compreender. Apenas por olhá-la, ali, naquele momento até então desconhecido, virginal, ela sentiu um ofuscamento delicioso e desafiador. A partir de então, o silêncio fala, os advérbios se fixam, os sentidos se afloram, a natureza grita e o seu EU clama pela liberdade.
Imagem: Ken Wong |
O que foi e o que será perdem importância. A dualidade temporal das suas fantasias de menina é agora um borrão aos poucos apagado, chutado pra dar lugar ao aqui, ao agora. Ainda assim, ela zigue-zagueia no presente. Cai, erra, se afoba e tropeça, mas testemunha o valor de tudo isso diante da necessidade da transformAÇÃO. “A direção vai pra onde você apontar”, lembra, envolvendo-se em cada letra, fonema e palavra dessa certeza. “Pra onde você apontar”. As certezas ela guarda, as dúvidas, deixa soltas pra fazerem a roda viva girar. E como gira
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