Exposição "Coletiva" do Artista Plastico João Ferreira.De 7 a 15 de junho – Com abertura às 19h. Onde: Galeria Olhos de Águia - Ed. Praiamar, Taguatinga Norte, Brasília – DF ENTRADA FRANCA.Fotos: Ivaldo Cavalcante

artista parece se deixar levar por cada ramificação de seu sistema circulatório como via de

autoconhecimento.

Nesse sentido, o percurso por sua constituição carnal se configura como trabalho de campo.

João parece mergulhar também em seu próprio espírito, almejando, sempre, alcançar a

profundidade desse lugar tão abstrato e impenetrável.

Trata-se de buscas e reflexões extremamente pessoais que, naturalmente, não estarão

acessíveis nas imagens. Por isso, nossa experiência, como observadores, é incompleta em

relação à de João. No entanto, é possível apreender algo de íntimo do artista no trabalho, que

se apresenta como substância em estado gasoso: não podemos vê-la e nem apalpá-la, mas

senti-la.

Seria uma espécie de mistério, de incerteza, que nos coloca diante da necessidade de

vasculhar nossas próprias individualidades, remontando os procedimentos de João.

Mais que viajar, João parece movimentar dentro dele mesmo de duas outras formas: através

de devaneios (perder-se) e de exposição (objetivo/resultado).

 

José Lara

Artista Belorizontino

E professor de Pintura na Escola de Belas Artes da UFMG

 

Exposição "Coletiva"
Para João Ferreira, artista plástico brasilense, o desafio sempre foi decidir entre assumir a liberdade caótica do trabalho, dentre todos os experimentos ou delimitar um universo de interesses, identificando um recorte de trabalhos mais potentes e apontar possibilidades de desdobramentos.
Nesta realidade, em parceria com a Galeria Olhos de Águia, apresenta “COLETIVA” .
As obras artísticas, ficam expostas de 07 a 15 de junho, com abertura às 19h . Com caráter difuso de produção há um leque de possibilidades, o que pode ser visto como uma “vantagem”, mas ao mesmo tempo para questionar: como lidar com isso?
Dentre as investigações pictóricas a princípio era estritamente técnica, onde se inicia uma relação de amor com a pintura, completamente seduzido pela liberdade em descobrir e testar suas propriedades (cor, mancha, textura, sobreposição).