João Silva (Fotojornalista) Residência:Joanesburgo Nacionalidade:Portugal português

19/04/2017 10:39

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Biografia

João Silva nasceu em Lisboa em 1966 mas mudou-se ainda jovem com os pais para a África do Sul, onde vive até hoje com a sua família. Começou a tirar fotografias e a ganhar o gosto em 1989 e percebeu que queria fazer isto da sua vida quando fotografou uma jovem negra a ser golpeada com uma foice por outras mulheres em Thokoza. João decidiu que não queria apenas ser fotógrafo mas sim repórter de guerra.

Iniciou a sua carreira como fotojornalista no jornal local sul-africano Alberton Record. Já em 1991, começa a trabalhar no diário de Joanesburgo: The Star. Em 1994, junta-se como fotógrafo à agência Associated Press. A partir daí, João começou a fazer, de forma regular, trabalhos freelancer para o The New York Times. Em 2000, ganha um contrato com este jornal, para o qual trabalha ainda hoje.

A nível profissional, o fotojornalista é considerado um dos membros do grupo Bang-Bang Club, um grupo de fotojornalistas que cobriu e captou os melhores e piores momentos do fim do apartheid na África do Sul. Com o objetivo de mostrar a realidade do grupo, escreveu com um dos outros membros, Greg Marinovich, o livro com o mesmo nome do grupo: The Bang-Bang Club. O livro foi adaptado ao cinema em 2010. Publicou também, em 2005, o livro In the Company of God, um livro em forma de compilação fotográfica do trabalho de João sobre os xiitas no Iraque pós-Saddam.

Em 2010, dá-se o episódio mais violento não só a nível profissional mas também pessoal. No sul do Afeganistão, enquanto acompanhava as tropas norte-americanas, pisou uma mina e ficou sem as duas pernas.

 

Uma fatalidade sobejamente conhecida roubou-lhe as duas pernas mas não a coragem e muito menos a vontade de viver. João Silva, um dos mais prestigiados fotógrafos de guerra do mundo, e coautor do livro Bang-Bang Club, foi recentemente agraciado com a Ordem da Liberdade.

Até onde se pode ir para obter uma boa imagem? Uma foto vale uma vida?

A cobertura de conflitos é perigosa para todos os envolvidos, mas os fotógrafos são, talvez, os mais expostos. Bang-bang Club é um retrato vivo e extremamente pessoal sobre a guerra e o fotojornalismo, escrito por dois homens cuja vida e trabalho testemunham até onde um jornalista está disposto a ir para contar a verdade.

Durante os últimos e sangrentos dias do apartheid, quatro jovens fotógrafos, amigos e simultaneamente concorrentes, juntavam-se para fazer a cobertura da violência que assolava as cidades segregadas para negros na África do Sul. Greg Marinovich e João Silva contam a história comovente do Bang-Bang Club, uma alcunha dada aos quatro amigos pela imprensa sul-africana e internacional por causa dos extremos intrépidos, e por vezes imprudentes, a que muitas vezes chegavam no intuito de captar em película as imagens violentas do conflito.

Ken Oosterbroek, Kevin Carter, vencedor do Prémio Pulitzer com a célebre fotografia da criança e do abutre, Greg  Marinovich e João Silva não só trabalharam juntos com arriscaram a vida juntos. É precisamente com a morte de Ken, vítima de uma bala perdida que começa a narrativa de Bang-Bang Club, um livro complexo, profundo e inesperado sobre a natureza humana.

Sobre Bang-Bang Club

«Uma história apaixonante, por vezes incómoda e eticamente complexa, de uma situação de guerra e de brutalidade humana.»  Philadelphia Weekly

«Esta obra é um testemunho marcante de uma situação de guerra.»  Booklist

João Silva é fotojornalista do New York Times e um dos mais experientes e prestigiados do mundo. As muitas distinções pelo seu trabalho incluem, por exemplo, a de Fotógrafo do Ano da Imprensa Sul-Africana em 1992. Em Outubro de 2010, quando estava em reportagem no Afeganistão, ficou gravemente ferido ao pisar uma mina, tendo-lhe sido amputadas as duas pernas. Cerca de nove meses depois, já fotografava para a primeira página do New York Times, mostrando a sua forte determinação.

Greg Marinovich é realizador de documentários, fotógrafo e escritor. Tem trabalhado como freelancer para várias publicações internacionais, designadamente TimeNewsweekNew York TimesWashington Post e Associated Press. Ganhou numerosos prémios pelas suas fotografias, incluindo o Prémio Pulitzer na categoria de Fotografia Instantânea, em 1991.

PVP: 16,80 €

304 Páginas (+ extratextos)

Tradução de Ana Glória Lucas

João Silva (fotógrafo)

João Paulo da Costa da Silva GOL (Lisboa, 9 de Agosto de 1966) é um fotógrafo luso-sul-africano baseado em Joanesburgo.[1]Notabilizou-se pelo seu trabalho em cenários de guerra, bem como pelo acompanhamento que fez do fim do apartheid na África do Sul, sendo um dos 4 membros do "Bang Bang Club".

Em Outubro de 2010, ficou gravemente ferido num acidente com uma mina antipessoal no sul do Afeganistão.[2][3] Devido a gravidade dos ferimento, o fotógrafo teve as pernas amputadas. Segundo o relato da jornalista Carlotta Gall, Silva continuou a fotografar, mesmo enquanto estava ferido.[4]

No final de Julho de 2011 - após passar por um longo processo de readaptação motora com próteses - voltou a trabalhar como fotojornalista.[5]

A 15 de Março de 2012, na Embaixada de Portugal em Pretória, por intermédio do Embaixador João Ramos Pinto, recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade,[6] com o qual tinha sido agraciado a 10 de Junho de 2011, dia do ano em que é celebrado o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.[7][8]

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